sábado, 21 de maio de 2011

SÃO BRÁS EM IMAGENS

PATRIMÓNIO DE SÃO BRÁS


 MOINHOS DA FUNCHEIRA

Quinta do Plátano
Na Freguesia de São Brás, cuja data provável de construção reside no Século XVIII, actualmente pertencente ao Centro Regional de Segurança Social de Lisboa e Vale do Tejo.

PARQUES E JARDINS DE SÃO BRÁS

JARDIM CENTRAL DE SÃO BRÁS

Localizado na freguesia de São Brás, este jardim ocupa o espaço interior de um quarteirão, com cerca de 1 ha.
Foi construído em 2000/01. Apresenta uma zona central com miradouro, equipada com uma cobertura de sombra e mobiliário urbano – papeleiras e mesas com bancos.
Tem ainda um parque infantil e diversos lugares de estacionamento à volta do jardim.

Jardim Central de São Brás

JARDIM ANTÓNIO MACEDO
Este jardim, localizado na freguesia de São Brás, na Rua Francisco Bugalho, tem uma área de cerca de 1 ha.
Construído em 1997, possui diversos equipamentos infantis e uma zona central, pavimentada, equipada com bancos de jardim.
A Ribeira da Falagueira atravessa o jardim, tendo sido criada uma passagem pedonal, sobre o leito da ribeira, que permite a ligação entre a Rua Francisco Bugalho e a Rua António Nobre.


HERÁLDICA DE SÃO BRÁS



Heráldica - A ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo da Freguesia de São Brás foi publicada na III Série do Diário da República, N.º 162, de 14 de Julho de 1999, pág. 14897, nos seguintes termos:
Brasão – escudo verde, uma mãe d’água de prata, aberta de azul; em chefe, uma mitra episcopal de ouro, forrada e lavrada de vermelho, entre duas armações de moinho de negro, vestidas de prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “SÃO BRÁS – AMADORA”.
Bandeira – branca. Cordão de borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo – nos termos da lei, com a Legenda “Junta de Freguesia de São Brás – Amadora”.

FREGUESIA DE SÃO BRÁS

Criada em 1997, a Freguesia de São Brás é uma das três freguesias mais recentes do Município da Amadora, e tem uma área de 518,8 ha. O seu território estava integrado na Freguesia da Mina, constituindo actualmente o limite norte do Município.
As actividades predominantes nesta freguesia são o comércio e os serviços.
No que concerne à ocupação do território no passado, foram registadas seis jazidas arqueológicas, enquanto que ao nível do património edificado se destaca a Quinta do Plátano
Muito venerado por estes sítios do norte da Amadora, sobretudo na jovem autarquia a que deu o nome (Freguesia de São Brás) e da qual é seu santo padroeiro. Além deste lugar ter estado durante muitos anos dependente do território de Belas, em nada se apagaram as raízes, a crença e os marcos da sua história. O “Casal de São Brás” assim começou o lugarejo, era pouco povoado, mas com muita agricultura, devido às boas águas que daquelas encostas e vales brotavam e a um clima moderado, daí a fertilidade dos generosos solos. Eram senhorios destas terras alguns mosteiros os quais as tinham emprestzadas a agricultores que delas tiravam o sustento, para si e para as ordens eclesiásticas, suas senhorias. Talvez por esta e outras razões de vivência religiosa e meditação, é que existia nessa propriedade um casario com capela privativa dedicada a São Brás, Edifícios esses, dos quais já não existem quaisquer vestígios.
O santo natural da Arménia, nasceu na cidade de Sebaste, no fim do séc.III, também deu o nome à paróquia de São Brás - criada em 3 de Fevereiro de 1998, dia em que se comemora a festa em sua honra. Este santo médico, especializado em medicina, já depois de formado sentiu o chamamento de Deus a uma consagração cristã. Por esta razão terá deixado a sua vida citadina e a sua própria terra indo para os montes, optando por uma modesta vida solitária de oração e de penitência. A sua fama de santo começou a espalhar-se na comunidade de Sebaste e, quando morreu o bispo daquela cidade, todos o aclamaram como novo pastor. São Brás só aceitou a nova responsabilidade pela forte insistência dos membros da comunidade, porque desejava muito mais a vida retirada de oração e contemplação. Mesmo como bispo continuava a viver nos montes, no meio de animais ferozes, com quem convivia, vindo somente à cidade apenas quando as obrigações de pastor o exigiam. São testemunhados muitos gestos e milagres em favor dos mais pobres e enfermos. Entretanto, Constantino e Licínio tinham ficado como imperadores do império romano do Ocidente e do Oriente, envolvendo-se em algumas guerras: Em 314 Constantino vence Licínio e deixa-lhe apenas a Tarcia e a Ásia. Então Licínio por ódio a Constantino (que permitia o culto cristão), em 313 começou a perseguir os cristãos, negando-lhes todos os direitos, até mesmo os de se juntarem nas igrejas que possuíam. Entre as vítimas desta perseguição deve colocar-se São Brás que como bispo de Sebaste era muito conhecido pelo cargo e pelos milagres que fazia. Foi preso e propuseram-lhe que adorasse outros deuses. O santo negou-se decididamente, dizia ele: “não quero ser amigo dos vossos deuses, porque não quero arder eternamente com os demónios”. Sofreu inúmeros suplícios e, por fim, degolaram-no. Era o ano de 316. São Brás é padroeiro contra as doenças da garganta, porque salvou a vida de um menino que estava prestes a morrer por ter engolido uma espinha de peixe. Alguns rebuçados peitorais têm o rótulo do santinho. Também é padroeiro dos cardadores, os relatos da sua vida remontam ao século IX, mas não existem muitas certezas quanto a ele ter sido martirizado e despedaçado com pentes de ferro. A devoção a São Brás penetrou profundamente no coração do povo cristão. O seu nome foi dado a vilas e freguesias do país e a alguns hospitais, tal como o de Évora, onde eram recolhidos doentes infectados com uma epidemia que matou muita gente em Portugal, no ano de 1479. Quanto ao culto religioso e aos sempre divinos rituais cristãos, no Casal de São Brás, bairro principal da freguesia, centralidade urbana de maior densidade populacional, a celebração da eucaristia aos domingos, festas e feriados, ainda se realiza numa igreja provisória, levantada em 1980, no piso inferior da Escola Básica do Primeiro Ciclo Artur Martinho Simões, mas está para breve a construção de um moderno templo católico em honra de São Brás, uma ampla igreja e um centro paroquial com o mesmo nome. Na Amadora, São Brás é festejado a 3 de Fevereiro...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

VENTEIRA EM IMAGENS

















PATRIMÓNIO DA VENTEIRA

Ponte Filipina de Carenque de Baixo
Ponte Filipina de Carenque de Baixo, é uma Ponte de Arquitectura Filipina de grande importância na Amadora porque faz a ligação, no limite do Município da Amadora, até Queluz sobre a Ribeira de Carenque, é uma ponte construída no século XVII, com grande valor histórico e arquitectónico para a cidade e que fica situada na Freguesia da Venteira. Nessa ponte existe um marco em pedra onde é possível ler-se: "Esta ponte foi mandada fazer pelo Senado de Lisboa à custa do real do povo, 1631". A ponte situava-se nessa época no curso da velha estrada de Lisboa-Sintra, a actual Rua D. Pedro IV. Por cima desta ponte, que é um monumento único desta época no Município da Amadora, circula actualmente o trânsito entre a Amadora e Queluz.






  • Ponte Filipina

   A ponte Filipina foi construída no século XVII e fica situada na freguesia da Venteira (no limite entre a Amadora e Queluz). Esta ponte foi construída na antiga estrada LISBOA - SINTRA (Rua D. Pedro IV).
  A ponte tem uma inscrição onde se pode ler o seguinte: " ESTA PONTE FOI MANDADA CONSTRUIR PELO SENADO DE LISBOA À CUSTA DO REAL DO POVO, 1631".
  Na actualidade a ponte serve como uma via rodoviária, onde passam diariamente carros entre a Amadora e Queluz.

Casa Roque Gameiro
Foi construída no alto da Freguesia da Venteira entre 1898 e 1901. Esta vivenda foi edificada para habitação do pintor aguarelista Alfredo Roque Gameiro e da sua família, num local outrora isolado, situado a alguma distância do caminho-de-ferro da Porcalhota, onde se desfrutava de uma bela vista de campos lavrados que se estendiam por largos quilómetros em seu redor.A casa comporta um notável conjunto de azulejos com características singulares, encontrando-se todo o interior do piso principal revestido com lambris de azulejos brancos, dois medalhões representando alegorias à aguarela e litografia, técnicas de expressão plástica a que Roque Gameiro se dedicou. Um dos conjuntos mais interessantes é o da sala de jantar da família com um padrão de azulejos da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro, com temas naturalistas.As opções estéticas patentes na Casa denotam uma influência directa dos ideais nacionalistas partilhados por intelectuais e políticos da Geração de 90 do Século XIX.A Casa Roque Gameiro encontra-se aberta ao público, podendo ser visitadas algumas das salas de habitação da família Roque Gameiro, bem como as exposições temporárias patentes nos dois pisos inferiores do edifício.



  • Casa Aprígio Gomes

  A Casa Aprígio Gomes foi mandada construir por José Aprígio Gomes, negociante lisboeta, em 1903. A casa situa-se no ângulo entre a rua Luís de Camões e a Rua Gonçalves Ramos (Freguesia da Venteira). 
  Esta construção é considerada de grande importância para o município da Amadora pois foi uma das poucas construções do início do século XX que conseguiu sobreviver às vagas de urbanização dos anos 60 e 70.


PARQUES DA VENTEIRA





HERÁLDICA DA VENTEIRA

Clipboard01venteira.gifHERÁLDICA

A ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo branco da Freguesia da Venteira foi publicada na III Série do Diário da República, N.º 185, de 12 de Agosto de 1998, pág. 17102, nos seguintes termos:
Brasão – escudo de verde, romãzeira de prata, frutada de onze romãs abertas de vermelho, entre duas hélices aeronáuticas de três pás, de prata, em chefe, e uma pena e um pincel de ouro, cruzados em aspa, em campanha. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: “VENTEIRA – AMADORA”;
Bandeira – branca. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro;
Selo – nos termos da lei, com a legenda: “Junta de Freguesia da Venteira – Amadora”.

FREGUESIA DA VENTEIRA


História

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Localizada num dos extremos do Município, a Freguesia da Venteira constitui, a par da Freguesia da Mina, o centro urbano da Amadora, é uma das principais freguesias da Amadora pelas suas principais actividades economicas, o comércio e os serviços.

Tem uma área de 491,7 ha e possui uma vasta área verde criada com diversos parques:

Destaque para o edifício dos Recreios da Amadora.

A Casa Roque Gameiro e a Casa Aprígio Gomes.

Outros pontos de interesse histórico são a Ponte Filipina, Recreios da Amadora e a Igreja Matriz.







Recreios da Amadora 

20070622184433771515.jpgForam mandados construir por iniciativa dos proprietários da Fábrica de Espartilhos Santos Mattos, José Santos Mattos e António Correia. 
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O edifício principal dos Recreios foi inaugurado a 17 de Agosto de 1914. Em 1912, já tinham sido inaugurados os primeiros recintos desportivos, constituídos por um campo de ténis e um rink de patinagem acimentado.

Alguns anos mais tarde, os Recreios possuíam um grandioso salão de festas, um cine-teatro, um ringue de patinagem em madeira (concluído em 1915) e um campo de ténis.

Ao longo dos anos, o edifício sofreu diversas intervenções, que ocorreram em 1943, 1978 e 1997, esta última sob a responsabilidade da Câmara Municipal da Amadora, após o que se procedeu à reabertura do edifício. 

Os Recreios da Amadora constituem um dos maiores valores patrimoniais e culturais de referência no Município e são o testemunho vivo da história social e desportiva do Município.

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Actualmente, funcionam como pólo difusor e produtor de cultura, nomeadamente nas áreas do cinema, teatro e exposições temporárias.

O edifício está classificado como imóvel de interesse municipal.

Casa Roque Gameiro
Construída entre os anos de 1898 e 1901 para ser habitada pelo pintor aguarelista Alfredo Roque Gameiro e de sua familia, a Casa tem uma arquitectura marcada pelos ideais nacionalistas partilhados por intelectuais e politicos da geração de 90 do século XIX. 

O projecto inicial da casa é da autoria do próprio Roque Gameiro, tendo mais tarde sofrido alterações com o arquitecto Raul Lino. O interior do piso principal está revestido com lambris de azulejos de padrão e decorado com pequenas tarjas de azulejos coloridos que rematam portas e janelas. Na sala de jantar podemos encontrar azulejos desenhados por Rafael Bordalo Pinheiro com representações de cachos de uva e maçarocas de milho. 

É possivel visitar as salas da habitação da familia Roque Gameiro, profusamente decoradas com azulejos, assim como exposições temporarias patentes nos dois pisos.

MINA EM IMAGENS

















PATRIMÓNIO DA MINA

Mina d’Água e Jardim da Mina
A gruta onde está a mina d’água que deu origem ao nome de Bairro Parque da Mina, bem como à Freguesia da Mina, é visível no actual Jardim da Mina, situado entre a Avenida dos Combatentes da Grande Guerra e a Avenida General Humberto Delgado. Segundo narrativa de Cardoso Lopes nas suas “Memórias” (Apontamentos para a História da Amadora, 1989) esta era uma das muitas minas que existiam ao longo do Aqueduto Geral das Águas Livres, que eram utilizadas para aproveitamento de água. O acesso ao interior da mina era feito através de uma galeria, de cerca de 200 m de comprimento, que ia dar perto da referida gruta. Dizia-se que esta água era muito boa. Assim, Cardoso Lopes pediu a concessão da água, a qual lhe foi conferida em 1910, e adquiriu os terrenos onde se encontra a mina para construção do Bairro-Parque da Mina, encarregando o arquitecto Jesuíno Ganhado pela elaboração de um projecto para as instalações da Água da Mina. O projecto foi apresentado à Câmara de Oeiras mas não chegou a concretizar-se, contudo a Mina foi arranjada, com as obras a iniciarem-se em 1911. Em 1913, aquando da inauguração do Bairro-Parque da Mina, pelo Presidente da República, Manuel de Arriaga, Cardoso Lopes mandou colocar uma placa de mármore sobre a entrada da mina d’água, para assinalar o acontecimento. Actualmente, ainda é possível ver uma placa que reproduz a original, entretanto retirada.








Mães d’Água
Diversas Mães d´Água fazem parte integrante do Aqueduto Geral das Águas Livres. A mais monumental, que se localiza no Município da Amadora, é a Mãe d´Água Nova, que marca o início do Aqueduto Geral das Águas Livres no Município. A Mãe d’Água Nova tem 17 metros de altura desde o fundo da câmara interior até à base da lanterna e 5 metros de profundidade, onde se pode aceder por uma escada de 29 degraus em meia circunferência no interior. Por fora, a clarabóia tem forma octogonal. A meio da escada, de lado, numa concavidade na rocha está a nascente desta Mãe d’Água, cujo líquido corre por uma calha separada até se encontrar com o Aqueduto da Mãe d’Água Velha, localizada no Município de Sintra.




LocalizaçãoNo vale da ribeira de Carenque, entre as povoações de Carenque e do Bairro da Mina, sendo visíveis alguns troços junto ao Aqueduto das Águas Livres.
  O aqueduto romano da Amadora tem sido citado por diferentes autores desde que Francisco d´Holanda a ele se referiu no séc. XVI em carta dirigida a D. Sebastião. Todavia, o conhecimento da sua localização exacta perdeu-se pelo que, até à sua recente identificação, o trajecto não estava bem determinado.
Aqueduto no Vale de CarenqueEste aqueduto teria como origem mais provável a Barragem Romana de Belas (que se situa no limite do Município da Amadora). Desce o vale de Carenque seguindo um trajecto semelhante ao do Aqueduto das Águas Livres (construído no séc. XVIII), que o interceptou e que o terá destruído em larga escala. No sentido de assegurar à caleira uma pendente regular sem o recurso a obras de engenharia de maior envergadura, o aqueduto segue aproximadamente a forma das curvas de nível, conhecendo-se o seu percurso até ao bairro da Mina (Amadora), numa extensão aproximada de 1.300 metros, tendo sido identificados 14 troços.
 É constituído tipicamente por uma base rectangular em opus caementicium, que assenta directamente sobre o terreno. Sobre esta base foram construídas duas paredes, do mesmo material, formando assim uma caleira, que se encontra revestida a opus signinum. Um dos elementos mais importantes detectados foi uma queda de água, com um desnível de cerca 0,70 m, possibilitando uma descida acentuada da cota da caleira sem que fosse necessário alterar a inclinação da mesma.
 Barragem Romana de Belas. Nos trabalhos realizados, não foi identificado qualquer elemento que pudesse ter constituído a cobertura da caleira. A existência de cobertura é um dos factores que permite distinguir um aqueduto urbano de um canal de irrigação. Na Amadora o último troço conhecido dista apenas 1200 m de uma outra estação arqueológica romana, a vilae da Quinta da Bolacha, não sendo de rejeitar a hipótese de que este, ou mais provavelmente um ramal, abastecesse a referida vilae. No entanto, o cálculo aproximado do seu caudal, permitiu concluir que este é semelhante ao aqueduto de Pompeia, sendo admissível que se destinasse ao fornecimento de um aglomerado populacional de ordem de grandeza semelhante, tornando como destino mais provável a cidade de Olisipo (Lisboa), hipótese que está ainda sem comprovação arqueológica.
Sectores 1 e 2 (junto do Bairro da Mina) após a sondagem de 1979. Localização: A Necrópole de Carenque situa-se nas imediações do Bairro dos Moinhos da Funcheira, a norte da Freguesia da Mina, no lugar do Tojal de Vila Chã, junto aos reservatórios da EPAL.
A Necrópole de Carenque é constituída por três sepulcros colectivos escavados nos afloramentos calcários do Tojal de Vila Chã, entre Carenque e os Moinhos da Funcheira. Estes sepulcros,  genericamente designados Grutas Artificiais por terem sido escavados na rocha, integram-se numa tradição cultural-funerária mediterrânica, mas evidenciam também características próprias numa região que coincide, grosso modo, com o Estuário do Tejo. De entre outras necrópoles deste tipo, destacam-se as grutas artificiais da Quinta do Anjo, em Palmela, da Alapraia e de São Pedro do Estoril. Dando de alguma forma, continuidade à morfologia das antas (de que podem ver-se alguns exemplares a oeste da Necrópole, em Queluz - Monte Abraão), as Grutas Artificiais apresentam uma arquitectura característica:
enxo votiva em calcário  Têm acesso por um corredor, em regra voltado a nascente, que comunica com uma câmara funerária através de um pequeno portal de formas arredondadas. Tanto o corredor como esta clarabóia estavam cobertos por lajes de calcário, fechando a estrutura ao exterior.
  A construção e as primeiras deposições de cadáveres que ali estão testemunhados remontam ao final do Neolítico (4º milénio a.C.), altura em que se vivia já na região uma economia de base agro-pastoril, evoluída sob o ponto de vista das tecnologias de produção pré-históricas. Dos mortos ali sepultados pouco se sabe. Não é certo que provenham todos de um mesmo povoado ou que tenham pertencido a alguma formação social específica com acesso exclusivo à Necrópole. Dos rituais a que foram placa de xistosubmetidos também se desconhece quase tudo, mas aceita-se, pelo que se sabe desta cultura, que nas deposições mais antigas (Neolítico Final) os cadáveres possam ter sido acocorados de encontro às paredes, em posição fetal e rodeados das respectivas oferendas. A utilização posterior da Necrópole (na Idade do Cobre), testemunhada pelo aparecimento de utensílios em cobre e de cerâmicas campaniformes, veio perturbar a disposição original das ossadas e artefactos, dificultando a reconstituição da sua disposição no recinto tumular.
   O espólio é constituído por algumas ossadas de indivíduos representativos dos tipos humanos que habitavam então o Sul da Estremadura. Eram maioritariamente adultos e jovens, gráceis e de pequena estatura. Recolheram-se também cerâmicas com decorações campaniformes, assim como materiais líticos e metálicos de carácter utilitário que dão acesso ao conhecimento das formas económicas e da tecnologia de que dispunham os construtores da Necrópole de Carenque. Um terceiro grupo, essencial para a compreensão da sua vida mental, é o dos materiais votivos que acompanhavam os mortos no ritual funerário, que põe em evidência uma vida simbólica de inspiração agrária muito rica. Os mais frequentes são ídolos, em regra talhados em calcário que variam desde os cilindros lisos ou decorados, às representações de utensílios como a enxó. Mas também foram recolhidas placas de xisto e lúnulas (crescentes lunares) em calcário, ambas com orifícios para suspensão. No âmbito destes materiais de carácter mágico-simbólico a tónica dominante é dada, de um lado, pelos símbolos da sexualidade e da reprodução, e por outro, pelas representações lunares, certamente em associação com as primeiras formas de calendarização do tempo, sem as quais não teria sido possível uma comunidade de agricultores-pastores organizar-se.
Gruta nº3


JARDINS E PARQUES DA MINA


Jardim da Mina


Neste jardim ainda se pode ver a gruta onde se encontra a mina de água que deu origem ao nome do Bairro do Parque da Mina e à própria freguesia. Era uma das muitas minas existentes ao longo do Aqueduto Geral das Águas Livres, usadas para o aproveitamento de água.

Jardim da Mina




JARDIM DO PLÁTANO



Jardim do Plátano
Este espaço verde na freguesia da Mina está provido de uma zona de estar e outra de recreio infantil, proporcionando um local de lazer e descanso para munícipes e visitantes de todas as idades. Trata-se de um jardim localizado numa zona sem tráfego automóvel, no interior de um quarteirão da Rua Pedro Álvares Cabral, característica que convida ao descanso dos ruídos da cidade.

HERÁLDICA DA MINA

 HERÁLDICAA ordenação heráldica do brasão, bandeira e selo branco da Freguesia da Mina foi publicada na III Série do Diário da República, N.º 31, de 6 de Fevereiro de 1997, pág. 2364, nos seguintes termos:
Brasão – escudo de prata, três montes de verde, moventes da ponta e, sobreposto a cada um, uma armação de moinho de negro, vestida e cordoada de vermelho, o monte do centro carregado com uma entrada de mina de prata, lavrada de negro, com a porta e duas janelas do mesmo, chefe de verde, carregado de uma romanzeira arrancada de prata, frutada do mesmo e com os frutos rachados de vermelho. Coroa mural de três torres de prata. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “MINA – AMADORA”.
Bandeira – branca. Cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro.
Selo branco – circular, com as peças do escudo sem a indicação de cores e metais, tudo envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda: “Junta de Freguesia da Mina – Amadora”.

FREGUESIA DA MINA

Criada em 10 de Setembro de 1979, a freguesia da Mina constitui, juntamente com a de Venteira, o centro urbano da Amadora. No princípio do século XX ainda não existia a povoação da Mina, pertencendo, então, uma grande parte do seu actual território a Belas.
A freguesia da Mina ocupa uma área de enorme valor arqueológico, onde diversos períodos se encontram documentados. Há aqui uma vasta zona onde é possível descobrir vestígios paleolíticos, pensando-se que terá havido muitos mais que, ao longo dos tempos, foram sendo deslocados para outros lugares do concelho. Refira-se que é nesta freguesia da Mina que termina o manto basáltico de Lisboa.
Ao contrário da generalidade do concelho, onde os vestígios do Neolítico são pouco significativos, no território da freguesia da Mina encontra-se um panorama de grande riqueza arqueológica. Um pouco por todo o lado apareceram sinais de povoamento dessa época e restos ligados a diversas actividades de talhe de sílex. São de realçar as ruínas de vários povoados neolíticos como os de Vila Chã, dos Moinhos do Penedo, da Espargueira e Baútas, além das conhecidas grutas artificiais de Carenque.
A povoação de Vila Chã deve ter sido, em tempos, um grande povoado neolítico, continuadamente ocupado, pois o Calcolítico foi também aí assinalado. Na zona e nas escavações efectuadas não foram encontrados sinais de muralhas, mas admite-se como muito provável a existência das mesmas, devido às características que o povoado apresenta. Nas redondezas foram identificados filões de sílex e cerâmica campaniforme. Os seus habitantes cultivavam cereais, possuíam animais domesticados e uma indústria lítica razoavelmente aperfeiçoada. O povoado devia ser de grande extensão, dividindo-se em várias zonas. A zona norte foi estudada de 1973 a 1978. A sul do povoado encontra-se o lugar de Carenque.
Foi neste último lugar que, em 1932, foram descobertas e escavadas, pelo arqueólogo Manuel Heleno, as famosas grutas artificiais de Carenque. As grutas serviam de sepulturas colectivas, em forma de câmara mortuária circular, sendo o conjunto encimado e iluminado por uma clarabóia, de forma igualmente circular. Esta necrópole, classificada como monumento nacional, é constituída por três túmulos colectivos escavados na rocha calcária. Registe-se a existência de uma galeria que comunica com a câmara mortuária através de um pequeno portal.
Perto de Carenque fica também o povoado de Espargueira que apresenta uma jazida muito extensa com cerâmica campaniforme. As escavações desta jazida tiveram início pelos alvores da década de 70. A norte da Espargueira existem outras jazidas normalmente atribuíveis ao Calcolítico. A sudeste situam-se os Moinhos do Penedo. Na zona de Carenque está ainda o povoado das Baútas. Situa-se num dos montes que dá para o vale da ribeira de Carenque. As escavações foram iniciadas pelos finais dos anos 60, prolongando-se até 1978.
Os romanos devem ter aqui chegado por volta do ano 218 antes de Cristo. Sabe-se que em toda a zona houve uma intensa exploração mineira de calcedónia, pedra utilizada em joalharia. Mas o mais importante testemunho da presença do colonizador oriundo de Roma, nestas terras da freguesia da Mina, é o surpreendente aqueduto romano. Associado àquele povo desde os finais do século XVI, a sua identificação precisa e completa apenas teve lugar em 1979, na sequência de prospecções arqueológicas. O aqueduto, de menores proporções que o das Águas Livres, corre paralelamente a este, atravessando o vale de Carenque. Devia ter o seu início na barragem romana situada no vale da ribeira de Carenque.
Em Carenque há um chafariz, construído em 1836, tendo somente um taco de pedra metido na cantaria do aqueduto das Águas Livres, de onde saía um tubo de ferro. Foram-lhe depois unidas cinco pias que se destinavam a servir de bebedouro ao gado. Os sobejos corriam para o rio. Situa-se na Rua do Olival. Junto à estrada de Carenque há um outro chafariz, este mandado construir pela Câmara Municipal de Sintra, em 1932. Existiam aqui duas nascentes, que o povo chamava "de Gargantada" e "do Pocinho", cuja água viria a ser encanada para o aqueduto também chamado da Gargantada ou de Carenque e que abastecia o palácio de Queluz.
A água parece estar na génese da povoação da Mina e também na do topónimo correspondente. O topónimo principal da freguesia provém realmente de uma mina de água, de origem basáltica, de grande pureza, uma das melhores águas que se conheciam pelos finais do século passado. A sua fama correu o país e, segundo alguns, extravasou mesmo os seus limites. António Cardoso Lopes, o Lopes da Mina como ficou depois conhecido, foi o autor do "milagre" que levou à descoberta do precioso líquido num local onde ninguém imaginaria que ele existisse. Essa mina de água foi inaugurada pelo então Presidente da República Manuel de Arriaga a 13 de Abril de 1913. Hoje, esta água ainda continua a ter grande utilidade, servindo para abastecer o lago do Parque Central. A mina, conquanto fechada, permanece no mesmo local, num parque ajardinado que tem o nome de Parque da Mina.
O celebrado Lopes da Mina era natural de Salvaterra de Magos. Foi o mais velho de treze filhos do casal Joaquim Lopes da Rosa júnior e Maria José Cardoso Lopes.